Verificação do comporatamento de ligações viga-pilar com continuidade de armadura negativa por meio de luvas rosqueadas

Dissertação de Mestrado defendida pela Eng. Luciana Souza Paes de Barros na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) para obtenção do título de Mestre em Estruturas e Construção Civil em abril de 2018 em São Carlos (SP).

Ainda que exista uma crescente demanda por obras em estruturas de concreto prémoldado,
muitas vezes faltam ferramentas para projetar com segurança um dos componentes vitais de tais estruturas: as ligações. Esta pesquisa se concentra no estudo de ligações viga-pilar semirrígidas, com continuidade de armadura negativa garantida pelo uso de luvas rosqueadas. Ligações resistentes à flexão que empregam barras longitudinais contínuas emendadas por luvas rosqueadas são comuns no Brasil.

Entretanto, existem poucos modelos analíticos e resultados experimentais que descrevam tais modelos. O comportamento semirrígido de uma ligação viga-pilar está relacionado à sua curva Momento vs Rotação (M-θ). A rigidez secante à rotação está associada ao início do escoamento das armaduras negativas, o qual é relativo à perda de aderência entre aço e concreto nas barras devido a tensões de tração na região fissurada. Com o intuito de verificar a rigidez secante de ligações viga-pilar, de acordo com as Tipologias 3 e 4 da ABNT NBR 9062:2017, são realizados dois ensaios de modelos cruciformes em escala real, a fim de comparar os valores obtidos com aqueles provenientes de equações analíticas apresentadas nesta Norma. Discute-se o comportamento das barras negativas rosqueadas e a influência da presença de luvas na semirrigidez de ligações pré-moldadas. As curvas M-θ dos dois ensaios realizados são apresentadas e, considerando os resultados da rigidez secante equivalente dos modelos, é proposta uma calibração para os parâmetros analíticos sugeridos em norma.

Verifica-se que o uso de luvas rosqueadas em ligações viga-pilar atende a requisitos normativos de resistência, rigidez e ductilidade, e que a ligação Tipologia 4 possui comportamento semirrígido. A pesquisa permite observar que as tipologias ensaiadas não têm comportamento de junta discreta, de maneira que mecanismos de deformação globais, locais e localizados interferem um no outro. Para as ligações resistentes à flexão negativa, verifica-se que seu desempenho é governado pelo comportamento da ligação negativa (armadura de continuidade), sob pequena influência das juntas
positivas.

Dispondo de equações analíticas calibradas por meio de ensaios, há ferramentas adequadas para o cálculo da rigidez secante e há a possibilidade de manipulá-las, a fim de determinar com segurança outros parâmetros envolvidos na análise e dimensionamento de estruturas pré-moldadas de concreto.

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